Num artigo recente Luis Garciano da LSE explica as diferenças entre a capacidade de resposta da economia espanhola e inglesa face às crises, afirmando que a diferença se explica através do comportamento dos salários.
Em Espanha, apesar da recessão, o preço do trabalho aumentou, enquanto que, no Reino-Unido os salários reais baixaram.
A situação em Portugal, (segundo os dados compiliados no gráfico), configura-se mais próxima do caso espanhol, ou seja, apesar da redução da taxa de variação do PIB e do emprego, os salários tendem a não ajustarem à baixa. Esta rigidez tem um preço, que se reflecte no crescimento das taxas de desemprego, pois se os salários não baixam, acaba por se reduzir o número de pessoas com acesso ao emprego.